Empower - Investing in Women

Empower - Investing in Women

EMPOWER é uma iniciativa que tem como foco servir e mobilizar organizações para promover programas e ações de diversidade de gênero inovadoras, diferenciadas e eficientes

Pesquise

  • Sobre a Empower
    • Empower Diversity
    • Empower Social
  • Eventos & Cursos
    • Jogos Corporativos
    • Treinamentos in Company
    • Diálogos Estratégicos
  • Inspire-se
    • Carreiras
    • Empreenda
    • Gestão
    • Qualidade de Vida
  • Pela Mídia
  • Colaboradores
  • Contato

Liderança inovadora

By Alexandre Siviero Leave a Comment fev 24 0

*por Daniela Panisi

Liderança. Tema constante nas organizações, incitante de angústias, dúvidas e incertezas.

Lugar de grande responsabilidade que assusta. No susto, muitos se tornam rígidos, alguns colapsam, outros simplesmente seguem aquilo que pensam ser esperado e pouquíssimos se arriscam.

O desequilíbrio e o desconforto do risco é uma aposta alta para muitas pessoas, entretanto, quando se trata de liderança inovadora, é uma aposta com riscos medidos que quem ocupa esta posição deve estar disposto a assumir.

É o enfrentamento do medo, lançar-se no desconhecido, mas como todo movimento autêntico de corpo, é necessário um fundamento, uma base esquelética.

Inovação é uma maneira de pensar que abre espaço e possibilidade para coisas novas e melhores. Pode surgir da invenção, algo completamente novo, ou da iteração, a melhora de alguma coisa já existente.

Liderança é a habilidade de guiar outros em direção a um lugar, ideia ou resultado. E o que seria a liderança inovadora?

A liderança pode ocorrer em qualquer posição em uma organização ou na vida.

Poderíamos pensar a liderança inovadora como a capacidade de criar algo novo e melhor, assumindo riscos e novos movimentos, com alicerce, e influenciar outros a acreditar e seguir suas ideias em direção a um lugar ou resultado.

Podemos citar diversas características constituintes de um líder inovador, mas o fundamento, o esqueleto no qual os movimentos de um líder inovador se sustentam é a capacidade de contar histórias e imaginar.

Essas artes há longo tempo vêm sendo sacrificadas em prol da produtividade e do rendimento.

Como Charlie Chaplin em “Tempos Modernos”, emburrecemos em movimentos repetitivos e sem sentido.

O corpo, sem movimentos autênticos, deixa de se reconhecer, adoece.

Corpo, pensamentos, sentimentos, ações e mundo são um só, quando paramos um, também paramos outros.

Assim como Sherazade em “Mil e Uma Noites”, para nos livrarmos da maldição que nos assola, da paralisia mental truculenta, que mata por medo de traição, precisamos imaginar, criar histórias que emocionem e envolvam a ponto de serem seguidas, estimulando a capacidade de sonhar do outro.

Podemos pensar, então, que a liderança inovadora não diz respeito ao líder, mas ao todo, aos outros e o modo como todos serão envolvidos em uma única história, em que cada dia se passa uma nova aventura, se chega a um novo lugar, antes desconhecido, expandindo limites para uma existência que vislumbre mais possibilidades de novos amanhãs.

 

*Matéria originalmente publicada no portal Psicologia e Desenvolvimento Humano.

Sustentabilidade Humana, as vantagens para as organizações

By admin Leave a Comment set 21 0

por Daniela Panisi*

Há alguns anos atrás escrevi um artigo sobre sustentabilidade emocional. O tema da 11ª Conferência Internacional em Stress e Saúde Ocupacional foi “Trabalho Sustentável, Saúde Sustentável e Organização Sustentável”, justamente abordando a ideia da abrangência da sustentabilidade para além da natureza e meio ambiente.

A maior diferença, provavelmente, que vemos nas organizações internacionais de sucesso é a mudança de cultura, o mindset (o modo de pensar). Para essas organizações, a sustentabilidade também significa não desperdiçar e dissipar os recursos humanos.

Tarefa árdua em qualquer empresa, mais difícil ainda no Brasil, visto que a maioria de nossas organizações funciona em modelos mentais arcaicos com crenças como “quanto mais horas de trabalho, melhor é o funcionário”. Talvez compartilhar os pontos cruciais da conferência possa colaborar para repensarmos algumas questões por aqui.

Em qualquer relação humana, tanto pessoal quanto de trabalho, a comunicação é aspecto fundamental para saúde. Muitas intervenções feitas em ambientes de trabalho não se sustentam por falta de comunicação. Os colaboradores de uma organização tipicamente conhecem o sistema em que estão, seus problemas, as causas destes e, muitas vezes, o que fazer com esses problemas. Entretanto, as informações ficam perdidas em conversas informais e, as pessoas que elaboram as intervenções, em sua maioria, não elaboram maneiras dos colaboradores compartilharem as informações e se engajarem nas intervenções. Essa forma de elaboração de intervenções poderia economizar dinheiro e desgaste emocional das organizações, prevenindo o aumento do stress.

Em uma pesquisa sobre horários flexíveis de trabalho, Eric Faurote, da Universidade do Nebraska Omaha, concluiu que apenas essa medida não é suficiente para aumentar a qualidade de vida e saúde dos colaboradores. Para superar os efeitos negativos dos conflitos entre vida pessoal e profissional, as organizações deveriam combinar uma série de recursos.

Estudos da Universidade da Flórida mostraram que pessoas que tiveram altos níveis de stress pela manhã tendem a consumir alimentos gordurosos e prejudiciais à saúde quando chegam em casa. Entretanto, se os colaboradores tiveram uma boa noite de sono no dia anterior, a tendência a se alimentar mal diminui, mesmo com uma manhã estressante. Os responsáveis por este estudo sugerem que as organizações poderiam ter programas para educar seus colaboradores a uma boa noite de sono.

Outra possibilidade argumentada foi a mudança do espaço de trabalho. Novos tempos, novas organizações, novos formatos. Algumas pesquisas em Viena desenharam espaços que contribuem para a flexibilidade, adaptando diferentes ambientes, com diferentes finalidades, como uma “zona zen”, mais silenciosa, para criação, e “zonas de interação”, para suprir a necessidade das inter-relações pessoais nas organizações.

Um ponto controverso abordado por Hannah J. Murphy foi o uso de mídias sociais no ambiente de trabalho. Suas pesquisas mostraram correlação na interação de colaboradores nessas mídias e apoio social. O sentimento de apoio social colabora para a satisfação e manutenção do trabalho, além de contribuir para a diminuição da tendência à síndrome do burn out. Segundo a pesquisa, “quanto mais uma pessoa está satisfeita no trabalho, maior a probabilidade do uso de mídias sociais.”. Cabe, então, ao RH definir políticas de uso das redes sociais que sejam saudáveis para as próprias organizações.

Recorrente também é a preocupação com os funcionários mais velhos. Nesse sentido, algumas organizações têm feito mudanças em três áreas: ambiente físico, programas de bem-estar e horários flexíveis e aposentadoria em fases.

Por vezes, medidas simples como mesas de trabalho acopladas a esteiras (treadmill desks), estações de trabalho de pé, reuniões em momentos de caminhada e outras estratégias para aumentar a atividade física durante o dia têm ajudado colaboradores a buscar uma vida mais saudável e com menos stress.

O cenário mundial tem mudado sua perspectiva em relação às pessoas. Finalmente, o mundo começa a entender que pessoas fazem organizações. Pessoas saudáveis produzem organizações saudáveis e duradouras.

Resta-nos saber se a tendência mundial vai chegar ao Brasil, ou, como em outras áreas de nossa sociedade, continuaremos seguindo modelos arcaicos comprovadamente falidos.

 

 

 

Autogerenciamento, um passo a passo

By admin Leave a Comment jul 29 0

Por Daniela Panisi

Autogerenciamento, ao mencionarmos o tema, a maioria as pessoas já procuram itens prontos e pontos em que trabalhar em direção à auto disciplina, para gerenciamento de tempo e tarefas. Entretanto, autogerenciamento é uma das competências que compõem a Inteligência Emocional. De acordo com Daniel Goleman, o criador desse termo, a inteligência emocional contempla quatro características a serem desenvolvidas: o auto conhecimento, a auto regulação, a percepção do outro (ou empatia) e o gerenciamento das relações.

Aqui focaremos no autogerenciamento ou auto regulação, que tem o mesmo sentido.  É necessário lembrar, claro, que as quatro competências caminham juntas, e essa separação é apenas didática. Ou seja, antes de desenvolver o autogerenciamento, primeiro é necessário conhecer a si mesmo. É necessário o desenvolvimento de um modo diferente de pensar, um foco diferente de atenção no cotidiano. Afinal, estamos sempre voltados a prestar atenção às situações e pessoas que a vida nos apresenta, não a nós mesmos e nossos sentimentos. Depois, faz-se necessário o desenvolvimento do sentimento de pertencer, de fazer parte do mundo e se perceber neste mundo, se responsabilizando por suas ações como parte da vida social.

Voltemos à auto regulação. Intrinsecamente ligada ao auto conhecimento, o cuidado consigo mesmo e com seu mundo emocional abre para a possibilidade de manejo das próprias emoções. A auto regulação se define pelo auto controle, transparência nas emoções e ideias, flexibilidade, foco em objetivos e metas e iniciativa.

O autogerenciamento é uma mudança no modo de pensar, e começa pelo foco. Estar focado é entrar em um tipo de consciência, diferente da atenção comum e dispersiva do cotidiano. É uma consciência aberta, mas ao mesmo tempo voltada para si mesmo, uma hiper consciência das sensações internas, concomitante a um “desprendimento” de si mesmo em relação a um objeto, tarefa, ação etc.

Ao voltarmos nossa atenção e a concentrarmos em um ponto central é como se saíssemos de nós mesmos e do tempo “real”, ficando absortos naquilo que estamos focando, e formamos uma outra esfera de experiência.

Quando em contato com a real experiência do que acontece em nosso corpo, com o “como” as situações inexoráveis da vida nos afetam, estamos situados no momento presente, tentando viver o “aqui-agora”. Cem por cento presentes conseguimos vivenciar o que se chama na psicologia de “flow feeling”. Segundo alguns psicólogos, a felicidade está associada a esse estado, pois liberamos adrenalina, endorfina, serotonina e outras substâncias na corrente sanguínea. Desse modo, a auto regulação é fundamental para responder às demandas sociais com experiências emocionais verdadeiras, engajando-se nas situações apresentadas pela vida, de modo socialmente tolerável, mas suficientemente flexível para permitir reações espontâneas e, ao mesmo tempo, adiar essas mesmas reações conforme seja necessário.

Enfim, é um processo complexo que envolve iniciar, inibir ou modular o próprio estado de humor, os pensamentos, as respostas fisiológicas, como batimentos cardíacos e respiração, e comportamentos em uma dada situação. Na convivência diária com pessoas e situações em nossas vidas, todos nós devemos nos auto regular em algum nível. O difícil é que estamos expostos a uma vasta gama de situações exigentes emocionalmente, e manter o autogerenciamento diante de tantos enlouquecimentos diários torna-se uma tarefa árdua. Somos invadidos por sentimentos e pensamentos que, na maioria das vezes, mais atrapalham do que ajudam na resolução de problemas.

Assim, devemos manter sempre como prioridade o auto cuidado, aquilo que chamamos de gerenciamento de energia. Manter um equilíbrio entre o trabalho, a vida social (família e amigos), lazer, saúde física, mental e estar coerente com seu sentido de vida.

E eu pergunto: você já parou para pensar em como estão essas áreas da sua vida?

A importância da “ quase conquista ”

By admin Leave a Comment maio 19 0

Por Daniela Panisi

Existem momentos na vida em que simplesmente queremos sentir aquele friozinho na barriga. Entretanto, para que o friozinho aconteça, é necessário nos desprendermos de algumas coisas, entre elas a segurança daquilo que já foi alcançado.

A excitação e a empolgação de algo novo é o que nos move. Lógico que o friozinho no estômago também está associado ao medo do novo e do desconhecido, que é inerente a novas possibilidades.

Quando temos um foco, traçamos um objetivo a ser alcançado e nos lançamos sobre ele é que podemos prosperar. Após curtir a conquista, por vezes paramos naquilo que foi alcançado, nos apegamos. Estagnados começamos a viver o dia-a-dia sem intensidades, sem desafios. A vida fica mesmo chata.

A sensação de motivação, de borboletas no estômago, não acontece quando conquistamos tudo, mas quando ainda temos o que fazer. É a proximidade da conquista que nos dá razão para seguir em frente. Alcançar um objetivo maior nunca foi tarefa fácil e, muito raramente, é conquistado em uma primeira tentativa.

O caminho percorrido é sempre repleto de “quase vitórias”. Todo objetivo deve ter um significado maior, um sentido. Sabemos que sem sentido não há vida. Se não há vida, nem adianta pensar em satisfação. Todo objetivo que tenha significado está imbuído, quase declaradamente, por um se arriscar.

Assim, quando nos deparamos com uma “quase vitória”, o sentido do objetivo nos mantém no caminho. A cada “quase vitória” devemos pensar que estamos dando mais um passo adiante, mais uma tentativa, mais uma aproximação daquele sentido.

Essas aproximações de um objetivo maior, as nossas “quase vitórias”, nos levam à reflexão das ações. Pensamos no caminho a seguir, nos erros, acertos e aprimoramento a serem feitos para mais um passo adiante. São momentos concretos que contribuem para manter a motivação.

Existem pesquisas com esportes, por exemplo, que demonstram que os atletas que ficam em segundo lugar em um campeonato no meio da temporada têm a tendência a se engajarem mais nos treinos do que aqueles que ficaram em primeiro ou em terceiro. Assim, as chances de ganharem a competição no final da temporada são maiores, estatisticamente falando.

Obviamente existe o fator interno da percepção, afinal, tudo na vida pode ser considerado uma maldição ou uma oportunidade de desenvolvimento. Já diria o Gato de Cheshire, em Alice no País das Maravilhas, que “toda aventura requer um primeiro passo”. Banal, mas verdadeiro.

Já encontrou seu objetivo? Aquilo que te dá o friozinho na barriga, mas que vale a pena dar o primeiro passo para algumas “quase vitórias”?

Já pensou em controlar seu stress e de sua equipe para melhorar resultados?

By admin Leave a Comment maio 18 0

Por Daniela Panisi

Você já pensou que, se você trabalha na gestão de pessoas, você pode colaborar, não apenas para o manejamento do seu stress, mas também do stress de quem trabalha com você?

De acordo com o Dr. Daniel Goleman, escritor de livros como “Inteligência Emocional” e “Foco”, o stress em equipes é um dos maiores problemas de gestão em organizações. O stress, como todo sentimento, é contagioso. Hoje, várias pesquisas no campo da psicologia demonstram que, mesmo se você estiver a quilômetros de distância de uma pessoa, você pode ser afetado pelo que ela sente. Não significa que sejamos completamente passivos e levados pelos sentimentos daqueles que nos rodeiam, mas existe uma influência a um determinado estado de humor. Existe, claro, um nível ótimo de ativação para que o trabalho seja feito de forma eficiente, não um excesso de relaxamento, pois se entra em colapso, mas também não um ambiente rígido e exigente ao extremo, que provocam agressões e explosões.

Dadas essas premissas científicas, imagine um ambiente de trabalho com um líder que sempre olha para o lado negativo das coisas, incita conflitos e distribui gratuitamente sua ansiedade para todos os membros da equipe, insuportável? Imagine pequenas partes disso todos os dias. Pois muitas vezes, sem percebermos, em nosso modo de ser cotidiano temos essas pequenas partes. Vamos enchendo o copo do stress, nosso e de nossa equipe. Transformamos os ambientes e as pessoas com quem convivemos aos poucos. Imagine ir todos os dias para um lugar insalubre. Difícil querer estar presente ali, não? E estar presente é a primeira premissa para o engajamento.

Quando o stress gera atitudes negativas e passa do limite do saudável, nosso foco de atenção é desviado para a causa do stress, e perdemos de vista nossos objetivos. Assim, o desenvolvimento da inteligência emocional é fundamental para, dentre outras competências, controlar o stress de uma equipe, o foco de atenção e o engajamento de todos. Isso afeta diretamente a efetividade do trabalho de uma organização.

Em qualquer nível, ainda mais em cargos de liderança, a autorregulação é uma habilidade central. Talvez esse seja o momento ideal para se perguntar qual seria um nível ótimo de stress?

Antes, entretanto, precisamos desenvolver uma consciência da vivência desse stress. Como experiencio (sim, é um neologismo. Embasado na diferença existente entre vivenciar e experienciar, assunto para outro artigo) o stress do dia a dia? Como meu corpo se coloca nestas situações (estufo o peito, contraio o maxilar, contraio o trapézio, aperto o estômago, subo o diafragma, etc.)? Como consigo “liberar” o stress? Como estabeleço minhas relações cotidianas?  Como me coloco em relação ao outro, ao stress do outro? Como me adapto às diferentes pessoas e reações com que convivo? Como aprender uma nova comunicação, na maioria das vezes não-verbal?

Todas essas perguntas apenas começam a suscitar a reflexão a respeito do tema. Porém, deixo aqui as duas mais essenciais de todas elas: Como anda você? E sua equipe?

Acredite, o stress também tem seu lado bom

By admin Leave a Comment abr 16 0

Por Daniela Panisi 

“É tarde, é tarde, é tarde até que arde. Aiai, meu Deus. Alô, Adeus. É tarde, é tarde, é tarde.”

Alguns reconhecem imediatamente o coelho branco do desenho “Alice no País das Maravilhas”, uns vão se esforçar para lembrar e outros, simplesmente, nunca viram nem ouviram a versão do desenho de 1951. Não importa a idade ou conhecimento de animações cinematográficas, de algum modo todos nos identificamos com o coelho branco de cartola. Sempre na correria, tentando lidar com o stress do cotidiano.

Faz parte de estar ativo no mundo ter que lidar com o stress. Ele é uma reação do organismo frente aos estímulos do dia a dia. Até há pouco tempo, acreditava-se que o excesso de stress poderia levar à morte. Por desencadear a liberação de hormônios que contribuem, em longo prazo, para doenças como obesidade, anorexia, doenças cardíacas, distúrbios do sono, acidentes vasculares cerebrais etc., o stress era condenado pela área de saúde. O discurso pregado era de que se deveria diminuir o stress a todo custo.

Atualmente, pesquisas mostram que o que mata não é o stress, mas acreditarmos que o stress faz mal. Ao nos depararmos com situações desafiadoras, nosso corpo se prepara. O stress gerado frente ao desafio faz nosso coração bater mais forte. Reparem que utilizei a palavra “desafiadora”, exatamente por ter um significado diferente de “problemática” ou “adversa”. E isso faz a diferença nas alterações causadas pelo stress no corpo.

Quando pensamos no stress como algo ruim, nossas artérias ficam mais grossas, dificultando a passagem do sangue. Isso, com o acúmulo de anos, pode causar danos irreversíveis ao organismo, claro. O contrário acontece quando interpretamos os sinais de nosso corpo como se estivesse se preparando para dar conta do desafio que se aproxima. Os vasos sanguíneos se expandem – e é o mesmo que acontece quando ficamos felizes ou nos sentimentos corajosos.

Para darmos mais um ponto positivo ao stress, ele é responsável pela liberação de ocitocina no organismo, o hormônio do abraço. Sabe aquela vontade de sair do trabalho e ficar com seus amigos? Conversar com sua família? Encontrar um namorado ou coisa assim? Pois é, o responsável por esses “desejos” é a ocitocina, hormônio que nos torna mais sociáveis.

Lidar bem com o stress, então, é condição indispensável para vivermos longos anos. Não apenas longos, mas eficientes em qualidade.

Nossa vida não é feita do resultado final, mas do caminho que percorremos. Esta jornada pode, inclusive, mudar nosso DNA. Hoje também sabemos que o modo como vivemos, o que comemos, como lidamos com nossos problemas e organizamos nossa rotina podem alterar nosso DNA, aumentando ou diminuindo a propensão de desenvolver doenças como câncer, por exemplo.

E, então, quais significados você tem dado para as situações adversas que vive? Quem sabe se contar com o lado bom do stress a sua qualidade de vida seja melhor.

Já ouviu falar de coeficiente de adversidade? E de resiliência?

By admin Leave a Comment mar 31 0

Por Daniela Panisi

“Não adianta chorar pelo leite derramado”. Cansei de ouvir minha avó dizer esta frase, sempre que eu começava a choramingar porque as coisas não tinham dado certo. Em qualquer ocasião que fosse, nas brincadeiras, na amizade, na natação, na nota ruim da escola, lá estava ela com a frase: “Não adianta chorar pelo leite derramado”.

Já que não adiantava chorar pelo leite derramado, o jeito era se virar para “limpar” o chão e ver se tinha sobrado algum pouquinho na leiteira para salvar.  Eu não sabia (e, acho, minha avó muito menos), mas ela estava me ensinando, ou treinando, a lidar com as adversidades da vida. Minha avó, instintivamente, desenvolvia em mim uma inteligência requisitada em nosso mercado de trabalho hoje: o coeficiente de adversidade. Nome complexo, não? Para facilitar a vida, o coeficiente de adversidade também é conhecido como capacidade de resiliência.

Simplificando o conceito: a capacidade de resiliência é o quão rápido conseguimos nos levantar depois de uma queda. E, a melhor notícia de todas, é que é algo treinável, desenvolvido em qualquer fase da vida ou idade.

Podemos relacionar o desenvolvimento dessa competência com o desenvolvimento do que chamamos de empowerment. Explico-me melhor. A capacidade de resiliência tem como estrutura central quatro elementos. São eles:

– Controle: é nossa habilidade de resposta e análise de uma situação-problema. O quanto conseguimos controlar nossos pensamentos e sentimentos pessimistas. Aumentando esse controle podemos entender e focar no que pode ser alterado na adversidade. Sem chorar pelo leite derramado você conseguirá limpar a bagunça.

– Assumir responsabilidades: o quanto exercemos nosso papel em melhorar a parte que nos cabe em determinada situação, independente do culpado. Não adianta ficar reclamando que o fogo estava alto demais, ou que o telefone tocou bem naquela hora. O leite derramou e você pode limpar ou contratar alguém que limpe o mais rápido possível, antes que ele azede sua cozinha.

– Alcance: diz respeito até que ponto deixamos as adversidades afetarem outras áreas de nossas vidas. Como percebemos o tamanho de nossos problemas? Conseguimos “colocar cada coisa no seu pacote”? Voltando ao leite, não é porque ele foi derramado na cozinha que a vida é muito difícil, você vai chorar no trabalho, ficará com cara de choro para seu namorado e responderá “o que tem de bom nele?” toda vez que alguém te desejar um bom dia.

–Duração: quanto tempo achamos que a adversidade vai durar. Não é porque o leite derramou pela manhã que você tem que acreditar que não há nada que se possa fazer, porque agora a sua cozinha está arruinada para sempre e você nunca mais vai conseguir limpá-la.

Esses quatro fatores determinam o quanto nos envolvemos com as adversidades e qual proporção damos a elas em nossas vidas. Treinando nossa resiliência, “tomamos” a parte que nos cabe de cada situação em nossas mãos, aumentando o sentimento de que aquilo que fazemos é importante e de nossa responsabilidade (o começo do empowerment).

Assim, quando aprendemos a não chorar pelo leite derramado e adquirimos recursos internos para lidar com as adversidades em seu tamanho real, desenvolvemos também nossa autoestima e a habilidade de tomar decisões assertivas e rápidas. Qualidades almejadas não apenas no mercado de trabalho, mas em muitos momentos da vida de cada um, certo?

Quem se atenta tem o que contar

By admin Leave a Comment fev 24 0

Quem se atenta tem o que contar – Por Daniela Panisi

Gerenciamento é o ato de narrar histórias. Faço aqui um paralelo com o texto “O Narrador” de Walter Benjamin, para tentar esclarecer minha afirmação. Segundo ele, “o narrador é um homem que sabe dar conselhos”, e, ainda acrescento mais, é uma pessoa que sabe se atentar, no sentido de prestar atenção a si mesmo e de se provocar. Entendamos como “dar conselhos” orientar, passar ensinamentos, organizar e planejar para facilitar os processos. Entretanto, o que muito tem acontecido, é que, engolidos pelas burocracias dos próprios processos, as organizações estão perdendo a tradição das narrativas. No afã da busca pelo resultado rápido planta-se em terreno árido, tirando mais ainda seus nutrientes. As jornadas intensas de trabalho, reuniões intermináveis e sem objetividade, o pouco incentivo para outras áreas da vida que não estejam diretamente relacionadas ao trabalho, todos esses exemplos e outros me fazem crer que, apesar da evolução dos direitos humanos e trabalhistas, ainda vivemos na era da indústria retratada por Charles Chaplin em seu filme “Tempos Modernos”, apertando parafusos sem sentido.

Segundo Benjamin, nossas experiências estão deixando de ser comunicáveis. Questiono-me: estão deixando de ser comunicáveis, ou somos nós que não entramos em contato com estas experiências para poder comunicá-las?

Toda experiência, antes de ser comunicável, é vivida em nosso corpo, somos tocados. Apenas depois de refletirmos e compreendermos de que modo ficamos marcados por alguma situação, é que podemos chamá-la de experiência e comunicá-la. Então, primordialmente, precisamos voltar nosso foco de atenção para nós mesmos, conseguir ter atenção plena nos momentos vividos para constituí-los como experiência.

Daniel Goleman, em determinado momento de seu livro Foco, fala sobre como nosso modus vivendi tem favorecido a dispersão da atenção, sempre voltada a coisas externas, sempre com urgências a serem resolvidas de imediato, pessoas para conversar, gagets dos quais viramos escravos para responder ao primeiro sinal sonoro de novas mensagens. Tornamo-nos alienados de nós mesmos, e, distantes de nós mesmos, como poderíamos ser próximos dos outros? Como trocar experiências se não mais as experienciamos?

Em consequência, sem experiências para trocas, o narrador definha. Aconselhar, ou sugerir a continuação de uma história, tem se tornado ato superficial, essa sugestão é sempre óbvia e trivial. Perde-se a característica do narrador de saber verbalizar sua própria história, inovadora e criativa, criando outras histórias e soluções em conjunto. Não seria esse o resgate necessário hoje nas organizações?

Espero eu que a primeira sentença do livro de Walter Benjamin ainda tenha a chance de ser revertida:

“É como se estivéssemos privados de uma faculdade que nos parecia segura e inalienável: a faculdade de intercambiar experiências. Uma das causas desse fenômeno é óbvia: as ações da experiência estão em baixa, e tudo indica que continuarão caindo até que seu valor desapareça de todo.”

Quer saber mais?

Nossa newsletter traz um resumo do que é mais relevante para o crescimento profissional feminino

Nossas Redes Sociais

  • Facebook
  • Google+
  • Linkedin
  • Twitter
Moda-no-Shopping-Gif-300x250px
banner300x250_24x7
banner300x250_coza

Mais lidos

  • Autogerenciamento, um passo a passo
  • Os Amish e nós
  • Já ouviu falar de coeficiente de adversidade? E de resiliência?
  • Fotos são fiéis às mulheres no mercado de trabalho?
  • Mariana Adensohn, do Grupo Caoa, eleita uma das mais admiradas profissionais de RH

Tópicos recentes

  • Resiliência e evolução do produtor e da produtora rural
  • SAGACIDADE, a Essencial Característica
  • Women Techmakers tem encontro no Google Campus SP
  • Propósito: novo marketing ou genuidade?
  • Fotos são fiéis às mulheres no mercado de trabalho?

Categorias

  • Carreiras
  • Colaboradores
    • Daniela Panisi
    • Dora Amiden
    • Elaine Smith
    • Marcos Piccini
    • Mariana Adensohn
    • Marisa Eboli
    • Martha Echeverri
    • Patrícia Zaidan
    • Rodrigo Corrêa Leite
    • Simon Robinson
  • Empreenda
  • Eventos & Cursos
  • Gestão
  • Outros
  • Pelo Mercado
  • Qualidade de Vida

<span>Last Tweets</span> Last Tweets


Fatal error: Cannot use string offset as an array in /home/storage/e/0e/a0/empowerbr/public_html/wp-content/plugins/wp-twitter-feeder-widget-10/twitter.php on line 537