Empower - Investing in Women

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EMPOWER é uma iniciativa que tem como foco servir e mobilizar organizações para promover programas e ações de diversidade de gênero inovadoras, diferenciadas e eficientes

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SAGACIDADE, a Essencial Característica

By Alexandre Siviero Leave a Comment out 5 0

por Mariana Adensohn

No meio de um bate papo despretensioso, escutei a palavra “sagaz” e fiquei pensando no que significa esse adjetivo.

Como eu poderia caracterizar a sagacidade em alguém, em um profissional ou mesmo nas pessoas com quem convivo?

O termo deriva do latim sagax cujo significado alude a alguém perspicaz.

Peguei diversas referências na internet, perguntei para amigos, familiares, colegas de trabalho e, em resumo, caracterizei a pessoa sagaz por ter agilidade de conectar pensamentos, compreender o que se passa no seu entorno e ser autêntica.

Como executiva de Recursos Humanos, sinto falta deste elemento como uma das competências necessárias para ser inserido e se destacar em uma organização. Em alguns momentos, eu me perdi no que desejava encontrar em um recurso diferenciado. Sabe quando você tem fome de alguma coisa que não sabe o que é?

Foi mais ou menos isso que me aconteceu, eu sentia falta de algo nos profissionais que não sabia o que era e, então, lembrei do bate papo que tive onde surgiu a palavra sagaz e de uma pessoa que traduz o que é sagacidade pra mim, e vou dividir com vocês.

Sagaz é a pessoa que:

• Sabe o que faz
• Conhece todas as “buzzwords”
• É mestre na arte do discurso
• Tem carisma
• Sabe o que é parceria
• É descolada
• Fala a coisa certa na hora certa e uma o silêncio a seu favor
• “Salva o mundo” na brincadeira de esconde-esconde
• Sabe como sair de uma situação complicada
• Apavora geral (toca o terror mesmo)
• Faz coisas inusitadas
• E está sempre disposta a se doar e enxergar o outro
E tudo isso com autenticidade, NÃO ADIANTA FORÇAR. Sagaz: ou você é ou não é.

Do ponto de vista corporativo, o profissional sagaz não precisa dominar totalmente uma competência técnica, porque mesmo não sabendo, ele vai procurar quem sabe, vai aprender, vai persuadir e vai entregar. É disso que as empresas precisam, profissionais sagazes.

Ele vai lidar com o inesperado de forma leve e criativa, vai conduzir mudanças difíceis unindo times e deixando todos confiantes.
Sagacidade, eita palavra com poder!

Quero me rodear de pessoas sagazes. Pessoas com a capacidade não se deixarem enrolar e, sobretudo, de envolver todos com um jeito conquistador e agregador. Elas não mentem, não tem enrolam, elas simplesmente têm uma outra forma de conduzir as questões, elas são autênticas e autenticidade nada mais é do que ser legítimo e adequado aos seus valores, princípios e ética, em quem você realmente pode confiar.

Digo aos Executivos: precisamos de mais sagacidade nas organizações. Procurem pessoas autênticas, que tragam histórias verdadeiras, que tenham referências do mercado, que buscam aprimorar sua alma e não somente o seu currículo.

Como eu sempre digo, trabalho é só trabalho. Estamos em uma organização para resolver problemas e gerar oportunidades, a sagacidade trará vivacidade a tudo isso.

Por mais sagacidade no mundo, essa é a essência!

Propósito: novo marketing ou genuidade?

By Alexandre Siviero Leave a Comment jun 14 0

por Marcos Piccini

O modelo atual de gestão de empresas traz grande foco no propósito (por vezes também chamado de missão) empresarial. Mas até que ponto essa atenção à missão da empresa é sincera? Ela de fato orienta as tomadas de decisão ou é deixada de lado quando existem alternativas que oferecem maior retorno financeiro?

Hoje trazemos um e-paper da série “Reflexões Contemporâneas” da Bee Consulting que aborda a questão do “propósito” dentro da gestão empresarial, apresentando casos onde a dedicação à missão da empresa é sincera e onde é apenas uma ferramenta de marketing.

Propósito: novo marketing ou genuinidade? from 24×7 COMUNICAÇÃO

Crônica para o marido folgado (E para o namorado, amigo ou ficante idem)

By Alexandre Siviero Leave a Comment abr 11 0

*por Patrícia Zaidan

Adoro os homens. Alguns já disseram que sei falar a língua deles. Entendo o mundo másculo e me viro muito bem nessa seara alheia. Meus colegas do sexo oposto (os fotógrafos, em especial) gostam de trabalhar comigo porque – segundo eles – topo qualquer parada: varo noite, durmo em canto sem conforto, ponho o pé na lama, não tenho frescura. Em resumo, estão sempre querendo dividir uma tarefa ou aventura profissional comigo. A reportagem me treinou para o front.

Aliás, o trabalho – mais duro que justo – treina a mulher para adversidades inimagináveis. Não foi fácil trocar a casa quentinha pelo ambiente obtuso, quase claustrofóbico, criado pela Revolução Industrial. A mulher teve que aprender a engolir a dor, fingir que não menstruava, que não estava deixando um filho para trás, com febre. E fazia a fina, simulando desconhecer problemas no amor. Foi esse o tributo pago para ser aceita na esfera pública das corporações. Assim, a empresa passou a se sentir dona da nossa alma. Permanecer na firma 10, 12 horas e levar trabalho para o fim de semana não é um retrato do começo dos 1960, fase da internacionalização da economia brasileira. Não, mesmo. Continua tudo igual. Às vezes, até pior.

Em casa, espera um marido, ficante ou amigo muito querido. Mas folgado pra caramba. Como poetizou Adélia Prado, eu também curto fritar um peixe (ou uma linguicinha) de madrugada com meu braço roçando o do pescador ou do homem que comprou o bicho com nadadeiras no supermercado e veio me surpreender. Ele, ali, colocando o tempero, servindo o vinho. As que não são de peixe podem adaptar a frase para: “Eu adoro fazer uma caipirinha com o meu amor”; “Dividir o queijo na frente da TV vendo o Corinthians dele jogar”; “Podar a roseira do quintal, juntinho”. A gente gosta de amar. E de viver o romance. Daí a enfrentar sozinha o tanque, a pia, o fogão, o cuidado com as crianças, as compras, a troca da lâmpada e o banho do cachorro é outra coisa bem diferente.

A essa altura do campeonato, 40% dos lares têm um nome feminino como carro-chefe, sem marido, com o parceiro de copiloto ou desempregado. É tolice, das grossas, carregar os afazeres domésticos como burro de carga. Verdade. A mulher é ainda o potro “que trabalha, trabalha de graça… é manso e não faz pirraça”. Querem ver?

O Ministério do Trabalho e Previdência Social divulgou nesta quarta (6/4) a pesquisa “Mulher e Trabalho”, analisando o período de 2004 a 2014. A conclusão: a participação dos homens na casa não evoluiu quase nada. As brasileiras gastam 25,3 horas semanais e eles apenas 10,9 horinhas. É bem menos que a metade! E, se o marido leva o carro ao mecânico, quer computar isso entre os afazeres domésticos. Quando está sem emprego e deveria, finalmente, aprender a cuidar, o vexame é ainda maior. Nessa situação, os homens passam a “doar” para a família 13,7 horas a cada sete dias. Enquanto a esposa dele empenha 21,7 horas na lida pesada e depois vai dizer na fábrica ou no escritório que deixou tudo em paz na retaguarda. Segundo esse estudo, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, em 2004 o percentual de homens desempenhando funções no lar era de 46%; em 2014 teve ligeiro aumento, para 51%. As mulheres: 90% delas estavam na batalha da casa, e o índice continua praticamente inalterado.

Outra revelação: tanto faz ser negra ou branca; o malfadado peso das tarefas independe de raça. Com uma agravante na residência das pretas e pardas: a maioria delas não possui máquinas de lavar louça e roupa. Há quem defenda que as horas gastas por todas sejam remuneradas e contem tempo para a aposentadoria. Mais uma defesa: as empresas, feitas à imagem e semelhança do homem, com funcionamento idem, precisam entender que não são proprietárias dos seres humanos. E que os empregados têm filhos e vida pessoal. Os funcionários machos devem ser incentivados a sair do trabalho para levar a cria ao médico, ir à reunião da escola etc. Isso é responsabilidade social, mas o mundo corporativo a ignora.

Meus amores, meus queridos homens: passou da hora de acabar a brincadeira. Esse negócio de ser o caçador mofou. O provedor faliu. O macho alfa ficou preso à biologia – diferentemente do que ela explicava, o macho alfa não tem a exclusividade da força, habilidade, orientação espacial, facilidade para tomar decisões, personalidade marcante, bravura. Nesse barco, meus caros, estamos todos, homens e mulheres. Melhor vocês virem junto, torcerem também para o nosso time no estádio de futebol. E pararem de achar que, porque a mulher ama o romance e frita o peixe, o homem dela não precisa abraçar o vassourão, o fogão, o podão de grama, o negoção grandão que é a lida da casa. Tá bom assim pra vocês?

 

Matéria originalmente publicada no Portal Claudia

Quem vai proteger as juízas marcadas para morrer?

By Alexandre Siviero Leave a Comment abr 4 0

*por Patrícia Zaidan

Trabalhar nos fóruns brasileiros é uma atividade de altíssimo risco, com o magistrado se tornado uma presa fácil dos marginais. O crime organizado, que abate aeronaves no ar e explode prédios onde a Justiça funciona, não tem a menor dificuldade de encontrar um juiz sentadinho em sua mesa. Falta o básico na maioria dos fóruns, muitos não têm sequer detectores de metal na porta. Quando o juiz é uma mulher, a situação piora. Conheci uma no interior do Paraná que levava para as audiências seus dois rottwellers, porque não se sentia segura. As mulheres do mundo jurídico se viram como podem.

A juíza Tatiane Moreira Lima, da Vara da Violência Doméstica, foi feita refém por um homem, na quarta (30/04), no paulistano Fórum do Butantã. Alfredo dos Santos, que imobilizou a autoridade no chão e a chamou de pilantra, é acusado de agredir a ex-mulher e teria que acertar contas com a doutora Tatiane. Ele entrou no local sem ser incomodado. Levava uma mochila cheia de explosivos. Havia estudado como chegar à sala dela e, depois, incendiar o local.

Uma juíza trabalhando sem amparo é trivial. Acontece todo dia. A magistrada Glauciane Chaves de Melo acabou numa poça de sangue em seu gabinete em Alto Taquari (MT), no ano de 2013. Era aniversário da Lei Maria da Penha e os tiros disparados contra Glauciane partiram do ex-marido dela. Evanderly de Oliveira Lima escolheu liquidá-la naquele local para desmoralizar a mulher e peitar a Justiça. No ano passado, alegando ter agido por amor, o bruto saiu do julgamento condenado a 18 anos de prisão.

Em 2011, logo depois do assassinato da juíza Patrícia Acioli, investiguei a situação das ameaçadas de morte Patrícia saía tarde da noite do fórum de São Gonçalo, quando foi metralhada por PMs criminosos do Estado do Rio de Janeiro, a quem combatia. Eu me espantei: o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) não sabiam quantas juízas eram mantidas sob proteção do Estado. Muito menos o contingente feminino correndo risco de vida, no exercício da função. As anotações se restringiam ao total de 134 juízes, sem distinção de sexo. Com a ajuda da corregedora nacional de Justiça da época, a ministra Eliana Calmon, fomos levantando dados nos Tribunais de cada Estado. A conclusão: 43 mulheres estavam na mira de contraventores e quadrilheiros. Hoje, o grupo dos ameaçados é de 202 magistrados. E, novamente, não se sabe quantos deles são do sexo feminino. Por que faz diferença conhecer esses dados? Há vários motivos. A juíza aposentada Denise Frossard, que acabou com o poderio do Jogo do Bicho no Rio, me disse: “Um juiz ameaçado manda a mulher e as crianças se refugiarem na casa da sogra, longe da comarca. Já a magistrada não se separa dos filhos, e eles correm os riscos com ela”.

Por ainda se sentir com a capacidade em teste, uma mulher se queixa pouco ao seu Tribunal. Quando me deu entrevista, a juíza Dayna Tajra contou que no Maranhão, onde atuava, ela contava só com a sorte. Sua casa em Estreito havia sido pichada com a palavra “mata”, e o fórum amanhecera incendiado. Ela tinha na bolsa um delicado revólver de cabo de madrepérola, que mais parecia brinquedo e cabia na palma da mão. Dayna secou com seu secador de cabelo os processos que sobraram na água usada para apagar o fogo. Eram relacionados a grupos fortes que traficavam drogas e armas.

Cláudia Panetta enfrentou em Itabuna (BA) os comandantes do presídio sob sua jurisdição, com mais de 950 homens. Eles manipulavam inclusive funcionários do fórum, que deveriam auxiliar Cláudia no combate ao crime. Ela derrubou o esquema, mandou muita gente para as grades, enquadrou alguns líderes do presídio. Mandaram avisar que a cabeça dela estava disputada. “Não tenho medo, tenho cautela. E jamais me deixarei dominar”, declarou.

Encontrei a juíza Adriana Benini de colete à prova de balas no recém-inaugurado fórum da paranaense Rio Branco do Sul. O colete, a blindagem de seu carro e o monitoramento com câmeras em sua casa haviam sido bancados com as economias dela e do marido. O contrabando era grande e a matança, até entre políticos, só cresciam na cidade. Ela me mostrou a janela de seu gabinete, que dava para a rua: “Não é preciso luneta para acertar a minha cabeça”, comentou. No cômodo ao lado, Adriana tinha que guardar pistolas e municão, que eram provas dos crimes. Qualquer um podia ir ao fórum, soprar a porta frágil e roubar o arsenal. “Abri mão de muita coisa na vida por causa da magistratura e não tenho a contrapartida mínima, que é tranquilidade para trabalhar.”

Alessandra Bilac, juíza criminal no Rio de Janeiro, tinha os músculos do rosto crispados e se via incomodada com uma forte dor de cabeça no dia em que a visitei no fórum. Estava sendo informada, por desembargadores, que sua escolta de seis homens passaria para oito, porque acabava de fugir da cadeia um ex-cabo condenado por ela. Havia escapado do presídio da PM com auxílio (provavelmente de colegas da corporação) e com a missão de reunir matadores para eliminar as autoridades que, como Alessandra, tentavam dizimar a famosa quadrilha “Liga da Justiça”, formada por ex-policiais e políticos do Estado. Alessandra afirmou: “Você condena um, aparecem vários. Mas se tiver medo da milícia e deixar de enfrentá-la, é melhor mudar de profissão”. Seus superiores determinaram que ela não saísse de casa.

Eliana Calmon, corregedora do CNJ até 2012, recebeu a queixa de uma juíza de Jaboatão dos Guararapes (PE), que estava à beira de um colapso nervoso. Ela julgava mais de 400 processos por ano, todos do crime organizado, e o Tribunal de Justiça pernambucano disse que não tinha um carro blindado para oferecer a ela. Então, Eliana resolveu o problema. Pegou um que havia sido apreendido com um traficante do Sul e mandou para a juíza ameaçada de morte. Ainda pediu uma força-tarefa para ajudá-la com os processos.

O país precisa descobrir quantas juízas estão com problemas também por mais um motivo que não me agrada elencar, mas é real. O presidente da AMB, João Ricardo Costa, me garantiu: se fosse um juiz no lugar de Tatiane Moreira Lima, o agressor do Butantã não teria agido da mesma forma. “Aquilo foi uma violência de gênero. Um homem não admite ser submetido a uma mulher que lhe impõe uma decisão judicial ou uma medida que ele não gosta de cumprir. E por isso, tratou a juíza com todo desprezo.”

Sob essa lógica, alguém diria que as mulheres não servem para arbitrar. As juízas que entrevistei para a reportagem de 2011 mostram o contrário e não deixam dúvidas sobre coragem e caráter. Não é diferente com Tatiane. Depois do episódio do Butantã, ela postou uma mensagem para contar que os danos físicos e emocionais sofridos foram mínimos, um maluco não atrapalhará o trabalho que ela ama fazer e que espera ver seu caso se transformar em algo bom para os colegas de profissão, que precisam ter proteção para atuar.

Os Tribunais de Justiça de todo o país precisam ouvir o recado de Tatiane e desmontar as arapucas nos fóruns. Eles devem ser o lugar onde a Justiça é operada com firmeza e serenidade. No mínimo, com uma arquitetura menos precária, com câmeras, detectores de metais, compartimentos de concreto para guardar as armas dos crimes. E — mais importante – contar com um setor de inteligência para antever ataques aos juízes, além de oferecer a eles medidas efetivas de segurança.

 

*Matéria originalmente publicada no Portal Claudia

Engenheira Liz Watson, ganhadora do prêmio Women in Science and Engineering 2015, conversa com o Empower Women

By Alexandre Siviero Leave a Comment mar 3 0

*por Simon Robinson

Para iniciar as atividades da Empower no Mês da Mulher, trazemos em primeira mão uma entrevista com Liz Watson, vencedora do prestigiado Prêmio Women in Science and Engineering (WISE, Inglaterra) em 2015. Este prêmio parabeniza uma carreira de mais de 40 anos na Rolls-Royce, fabricante de automóveis de luxo e motores.

Esta entrevista foi feita pessoalmente por Simon Robinson, parceiro da Empower, fundador da Holonomic Educação e co-autor do livro “Holonomics: business where people and planet matter”

Liz começou a trabalhar na Rolls-Royce com 22 anos, quando se formou em engenharia na Oxford University. Tornou-se a primeira mulher a ser engenheira-chefe na empresa e sentiu o peso da responsabilidade ao traçar o caminho para outras mulheres, não somente na Rolls-Royce, mas na indústria como um todo. Voz ativa no desenvolvimento da liderança feminina, Liz participou do Comitê de Diversidade da Women’s Engineering Society.

Veja na entrevista um pouco da carreira de Liz e alguns bons conselhos para jovens considerando ingressar nas carreiras de engenharia e ciências.

Simon, muito obrigada por nos trazer esta experiência tão rica!

Liderança inovadora

By Alexandre Siviero Leave a Comment fev 24 0

*por Daniela Panisi

Liderança. Tema constante nas organizações, incitante de angústias, dúvidas e incertezas.

Lugar de grande responsabilidade que assusta. No susto, muitos se tornam rígidos, alguns colapsam, outros simplesmente seguem aquilo que pensam ser esperado e pouquíssimos se arriscam.

O desequilíbrio e o desconforto do risco é uma aposta alta para muitas pessoas, entretanto, quando se trata de liderança inovadora, é uma aposta com riscos medidos que quem ocupa esta posição deve estar disposto a assumir.

É o enfrentamento do medo, lançar-se no desconhecido, mas como todo movimento autêntico de corpo, é necessário um fundamento, uma base esquelética.

Inovação é uma maneira de pensar que abre espaço e possibilidade para coisas novas e melhores. Pode surgir da invenção, algo completamente novo, ou da iteração, a melhora de alguma coisa já existente.

Liderança é a habilidade de guiar outros em direção a um lugar, ideia ou resultado. E o que seria a liderança inovadora?

A liderança pode ocorrer em qualquer posição em uma organização ou na vida.

Poderíamos pensar a liderança inovadora como a capacidade de criar algo novo e melhor, assumindo riscos e novos movimentos, com alicerce, e influenciar outros a acreditar e seguir suas ideias em direção a um lugar ou resultado.

Podemos citar diversas características constituintes de um líder inovador, mas o fundamento, o esqueleto no qual os movimentos de um líder inovador se sustentam é a capacidade de contar histórias e imaginar.

Essas artes há longo tempo vêm sendo sacrificadas em prol da produtividade e do rendimento.

Como Charlie Chaplin em “Tempos Modernos”, emburrecemos em movimentos repetitivos e sem sentido.

O corpo, sem movimentos autênticos, deixa de se reconhecer, adoece.

Corpo, pensamentos, sentimentos, ações e mundo são um só, quando paramos um, também paramos outros.

Assim como Sherazade em “Mil e Uma Noites”, para nos livrarmos da maldição que nos assola, da paralisia mental truculenta, que mata por medo de traição, precisamos imaginar, criar histórias que emocionem e envolvam a ponto de serem seguidas, estimulando a capacidade de sonhar do outro.

Podemos pensar, então, que a liderança inovadora não diz respeito ao líder, mas ao todo, aos outros e o modo como todos serão envolvidos em uma única história, em que cada dia se passa uma nova aventura, se chega a um novo lugar, antes desconhecido, expandindo limites para uma existência que vislumbre mais possibilidades de novos amanhãs.

 

*Matéria originalmente publicada no portal Psicologia e Desenvolvimento Humano.

A Gestão da Fé e da Gratidão nas Organizações

By admin Leave a Comment set 23 0

*Por Mariana Adensohn

O meu maior desejo é alterar para um ângulo não tradicional como nosso comportamento e nossas emoções são tratados dentro das corporações. Algo precisa mudar.

Minha inquietude começou quando li parte do discurso de Robert Kennedy de 18 de março de 1968, no auge da sua campanha presidencial, onde demostrou total sensibilidade com o que realmente vale a pena na vida, lançando através de suas palavras um ataque satírico à mentira em que se fundamenta a “avaliação da felicidade” baseada no PIB (produto interno bruto) que é o indicador que mede a geração de riqueza de um país, quando diz:

“Nosso PIB considera em seus cálculos a poluição do ar, a publicidade do fumo e as ambulâncias que rodam para coletar os feridos em nossas rodovias. Ele registra os custos dos sistemas de segurança que instalamos para proteger nossos lares e as prisões em que trancafiamos os que conseguem burlá-los. Ele leva em conta a destruição de nossas florestas de sequoias e sua substituição por uma urbanização descontrolada e caótica. Ele inclui a produção de napalm, armas nucleares e dos veículos armados usados pela polícia para reprimir a desordem urbana. Ele registra … programas de televisão que glorificam a violência para vender brinquedos a crianças. Por outro lado, o PIB não observa a saúde de nossos filhos, a qualidade de nossa educação ou a alegria de nossos jogos. Não mede a beleza de nossa poesia e a solidez de nossos matrimônios.
Não se preocupa em avaliar a qualidade de nossos debates políticos e a integridade de nossos representantes. Não considera nossa coragem, sabedoria e cultura. Nada diz sobre nossa compaixão e dedicação a nosso país. Em resumo, o PIB mede tudo, menos o que faz a vida valer a pena.”

Sábias palavras. No que ele pensou quando fez o discurso? Certamente no FUTURO.

E então, lá fui eu pesquisar sobre o tema e descobri que temos o Dia Internacional da Felicidade. Pensei: Pera aí, o que nós estamos valorizando além do dinheiro e do poder (não necessariamente no setor público, estou afirmando que no setor privado acontece a mesma coisa). Por que é que ninguém fala sobre isso dentro das organizações? Sobre a felicidade, sobre o que nos deixa felizes e como fundamentamos essa questão?

A ONU (Organização das Nações Unidas) instituiu o dia 20 de março, Dia Internacional da Felicidade, por sugestão de Butão, em pequeno reino Budista nos Himalaias, que substituiu o uso do PIB pelo Indicador da Felicidade Nacional Bruta. A criação deste dia foi aprovada por UNANIMIDADE pelos 193 estados–membros da ONU.

Muitos governantes dizem que novos elementos devem ser incorporados à forma de se medir a prosperidade.

Depois de muito ler sobre o tema, refleti junto a alguns grupos de trabalho que participo, dentro e fora da organização em que atuo e fiquei intrigada com as respostas das pessoas sobre o que é e como fomentamos a felicidade. Em nenhum momento apareceu o dinheiro, o poder ou qualquer item que o aponte como ROI (retorno sobre o investimento) seja ele qual for, de tempo, saúde e outros. Eu já publiquei um artigo que fala exatamente sobre isso, sobre o nosso esforço em projetar em algo ou alguém a felicidade, chegando à conclusão, que felicidade é o caminho e não algo que devemos alcançar ou medir, pois o que é felicidade para um, não necessariamente para o outro. Pois bem, criei alguns grupos de discussão,  para fomentar minha visão e a reflexão dos participantes sobre o que estamos fazendo para mudar o nosso conceito de felicidade como podemos medi-la, pois como diria Robert Kennedy, o PIB ou qualquer outro indicador, mede tudo, menos o que vale a pena, e para minha surpresa, surgiram duas palavras que não saem do meu pensamento e me fazem refletir sobre algumas mudanças que podemos provocar nas corporações, ou talvez menos do que isso, em nossos times, para que a diferença esteja na entrega do resultado,  mas… resultado com felicidade, são elas: Fé e Gratidão (sim, temos que ter fé nas pessoas e agradece-las diariamente por todas as suas execuções, isso traz felicidade).

Será que sabemos lidar com essas duas “coisas”? Como elas podem influenciar o ambiente onde estou ou as pessoas que me cercam para que eu consiga resultado com prazer?

Dá para semear a felicidade? Claro que sim, podemos semear a felicidade.

Acredito que o desafio da humanidade, em medir o que “realmente vale a pena”, é tão simples que se inserirmos essas duas palavras no cotidiano, em nossa rotina, em todas as nossas relações, a transformação do ambiente e das pessoas partirá da sua felicidade e então te digo: Que responsabilidade, heim!!! Influencia através da sua satisfação. Influenciar agradecendo.

Durante as discussões, percebi que existe uma resistência grande das pessoas em falar sobre fé e gratidão. Elas não fazem parte do “mundo corporativo”. Seja lá em qual contexto elas são inseridas, bastou uma pessoa (eu mesma) falar sobre fé e gratidão que na mesma hora, nos diversos grupos, todas as pessoas, unanimemente (assim como na votação da ONU sobre o Dia Internacional da Felicidade), levantaram suas mãos para abordar o tema e falar da importância da fé e da gratidão para o grupo, influenciando assim, de maneira positiva, o ambiente e principalmente as pessoas.

Então você deve pensar: Mariana, não viaja, saindo da sala, a realidade é outra e o dia a dia consome qualquer comportamento de fé e gratidão que tenhamos uns com os outros.

OK, antecipo as minhas desculpas e te digo que não estou “nem aí” para o dia a dia e o que as pessoas julgam com relação a isso, eu terei fé e serei grata, essa é minha decisão.


SOBRE A FÉ E A GRATIDÃO

Vamos lá… “eita” ponto complicado para debatermos, não é mesmo?

Eu fui questionada sobre o que é fé, como ter fé e para que serve a fé por milhares de pessoas. Obviamente, tenho minhas crenças e tenho minha fé, o que nada tem a ver com minha religião ou com a sua religião.

Fé, saindo da tradução do dicionário e por mim, é uma palavra que na minha opinião significa “esperança”, “confiança” e “credibilidade”. A fé é um sentimento bom de total crédito em algo ou alguém e no FUTURO, ainda que não haja nenhum tipo de comprovação evidente a verdade da suposição em causa aqui tratada.

Ter fé, e afirmo que fé não tem nada a ver com religião, provoca uma atitude contrária à dúvida e está intimamente ligada à confiança.

Existem situações que ter fé significa ter esperança de que algo vai mudar de forma positiva, para melhor. Isso normalmente acontece quando nos deparamos com uma situação de conflito emocional, no mundo corporativo ou não, ou quando há uma questão física a ser resolvida, como uma doença por exemplo. Fé de que no FUTURO, tudo mudará para melhor.

O termo “fé” surge em diversas declarações populares e também no contexto legislativo em nosso país. A quem diga “fazer fé”, que traz no seu significado popular a crença em alguém ou em algum ato completamente ligado a esperança. Existem expressões que afirmam a forma de agir honestamente sem quebrar um compromisso como “boa fé” e a “má fé” que traz o peso de agir de forma intencional e prejudicial a terceiros em seu significado.

Claro que a fé também tem o seu princípio religioso, difundindo verdades através da denominação, cristã, islâmica, budista, judaica, espirita e muitas outras que assim como no dicionário grego, através da palavra “pistia” indicando o conhecimento de acreditar (em algo ou alguém). Já no latim, a palavra fé, traz a conotação da fidelidade de “fides”, afirmando então aos religiosos, que fé é esperar, é ter esperança, é ser fiel a algo que não se vê, mas crê.

Como isso começou, de onde veio essa minha vontade exacerbada de escrever sobre fé e gratidão.

Obviamente passando por alguns conflitos emocionais e físicos e então nasceu em mim a fé, não controlável, em pessoas e em algo que não vejo, mas creio. E na gratidão a essas mesmas pessoas por me ajudarem a olhar para o futuro como algo que só depende de mim e do que vou plantar em minha trajetória (pessoal e profissional).

Algo que sempre me incomodou nas organizações por onde passei, e claro que não estou generalizando, foi assistir de camarote cenas em que os colaboradores e ou executivos eram expostos a contestações incabíveis. Será que alguém teve fé nele (a), será que aquele líder fez algo para ajudar a construir o futuro na fé de que aquela pessoa era capaz? Será que existiu gratidão por algum resultado alcançado, até porque ninguém faz nada na unidade, aqui estamos falando de times.

Pensei, é isso, eu quero ter fé nas pessoas. Mas então, como eu alimento essa fé, o que falo sobre essa fé e o que eu faço para isso? Questionamentos sem fim sobre minhas atitudes e sobre as atitudes daqueles que observei em diversas situações.

Se eu falar sobre minha fé religiosa, o que vão pensar? Como vão me julgar? Mas ter fé não é somente ter religião, é acreditar no futuro, é crer em alguém ou em algo, como em um projeto dentro da organização. Eu tenho que crer para buscar a solução e conclusão do mesmo. Tenho que acreditar que aquilo é bom para a companhia e para as pessoas que ali estão inseridas, ou seja, a fé não necessariamente é religião. E é claro que passei a usar aquela velha frase “tenha fé que tudo dará certo”, em tudo, absolutamente tudo que faço.

Como eu faço? Simples: Qualquer religião, é baseada em dogmas, que nada mais são do que diretrizes estabelecidas, nas quais as pessoas creem sem que o líder ou clero tenha que dar mais explicações, apenas creem.

Além dos dogmas, precisamos inserir o nosso racional no contexto. Você deve achar que eu sou maluca, primeiro fala de dogmas e diretrizes sem muita explicação e agora coloca o racional no meio. Sim, temos que usar o racional, porque o racional vem da consciência da filosofia de vida, que obviamente tem a ver com as experiências que já vivemos, unindo assim o dogma ao sentimento e racionalismo.

As experiências de cada pessoa, base para a fé, são intransferíveis e completamente pessoais. Ah! Na minha opinião a frase “eu aprendi com o erro do outro, ou acertei pelo exemplo do outro” não existe. Somos fruto e experiência única e exclusivamente daquilo que nós vivemos. Todas essas experiências acumuladas, dão origem a uma energia e um sentimento que pode ser definido como fé, e assim eu o faço.

Sim, é isso, eu tenho fé nas pessoas, tenho fé que elas podem sim serem melhores, que podem juntas mudar o que quiserem, fazer o que desejarem, transformar qualquer situação ruim, como a atual economia do nosso país que tem nos feito cada vez mais ficar descrentes no outro, mas… é isso, a fé em acredito que o SER humano, pode sim SER o que ele quiser e melhor do que ele é. Por isso eu digo, nós LIDERES, NÃO PODEMOS PERDER A FÉ!

AH! Sobre a gratidão, o que você tem a agradecer?

Obrigada por ler meu pensamento e por compartilhar da minha boa fé. SIM, eu acredito em você, nas pessoas e na nossa capacidade de transformação.

Sustentabilidade Humana, as vantagens para as organizações

By admin Leave a Comment set 21 0

por Daniela Panisi*

Há alguns anos atrás escrevi um artigo sobre sustentabilidade emocional. O tema da 11ª Conferência Internacional em Stress e Saúde Ocupacional foi “Trabalho Sustentável, Saúde Sustentável e Organização Sustentável”, justamente abordando a ideia da abrangência da sustentabilidade para além da natureza e meio ambiente.

A maior diferença, provavelmente, que vemos nas organizações internacionais de sucesso é a mudança de cultura, o mindset (o modo de pensar). Para essas organizações, a sustentabilidade também significa não desperdiçar e dissipar os recursos humanos.

Tarefa árdua em qualquer empresa, mais difícil ainda no Brasil, visto que a maioria de nossas organizações funciona em modelos mentais arcaicos com crenças como “quanto mais horas de trabalho, melhor é o funcionário”. Talvez compartilhar os pontos cruciais da conferência possa colaborar para repensarmos algumas questões por aqui.

Em qualquer relação humana, tanto pessoal quanto de trabalho, a comunicação é aspecto fundamental para saúde. Muitas intervenções feitas em ambientes de trabalho não se sustentam por falta de comunicação. Os colaboradores de uma organização tipicamente conhecem o sistema em que estão, seus problemas, as causas destes e, muitas vezes, o que fazer com esses problemas. Entretanto, as informações ficam perdidas em conversas informais e, as pessoas que elaboram as intervenções, em sua maioria, não elaboram maneiras dos colaboradores compartilharem as informações e se engajarem nas intervenções. Essa forma de elaboração de intervenções poderia economizar dinheiro e desgaste emocional das organizações, prevenindo o aumento do stress.

Em uma pesquisa sobre horários flexíveis de trabalho, Eric Faurote, da Universidade do Nebraska Omaha, concluiu que apenas essa medida não é suficiente para aumentar a qualidade de vida e saúde dos colaboradores. Para superar os efeitos negativos dos conflitos entre vida pessoal e profissional, as organizações deveriam combinar uma série de recursos.

Estudos da Universidade da Flórida mostraram que pessoas que tiveram altos níveis de stress pela manhã tendem a consumir alimentos gordurosos e prejudiciais à saúde quando chegam em casa. Entretanto, se os colaboradores tiveram uma boa noite de sono no dia anterior, a tendência a se alimentar mal diminui, mesmo com uma manhã estressante. Os responsáveis por este estudo sugerem que as organizações poderiam ter programas para educar seus colaboradores a uma boa noite de sono.

Outra possibilidade argumentada foi a mudança do espaço de trabalho. Novos tempos, novas organizações, novos formatos. Algumas pesquisas em Viena desenharam espaços que contribuem para a flexibilidade, adaptando diferentes ambientes, com diferentes finalidades, como uma “zona zen”, mais silenciosa, para criação, e “zonas de interação”, para suprir a necessidade das inter-relações pessoais nas organizações.

Um ponto controverso abordado por Hannah J. Murphy foi o uso de mídias sociais no ambiente de trabalho. Suas pesquisas mostraram correlação na interação de colaboradores nessas mídias e apoio social. O sentimento de apoio social colabora para a satisfação e manutenção do trabalho, além de contribuir para a diminuição da tendência à síndrome do burn out. Segundo a pesquisa, “quanto mais uma pessoa está satisfeita no trabalho, maior a probabilidade do uso de mídias sociais.”. Cabe, então, ao RH definir políticas de uso das redes sociais que sejam saudáveis para as próprias organizações.

Recorrente também é a preocupação com os funcionários mais velhos. Nesse sentido, algumas organizações têm feito mudanças em três áreas: ambiente físico, programas de bem-estar e horários flexíveis e aposentadoria em fases.

Por vezes, medidas simples como mesas de trabalho acopladas a esteiras (treadmill desks), estações de trabalho de pé, reuniões em momentos de caminhada e outras estratégias para aumentar a atividade física durante o dia têm ajudado colaboradores a buscar uma vida mais saudável e com menos stress.

O cenário mundial tem mudado sua perspectiva em relação às pessoas. Finalmente, o mundo começa a entender que pessoas fazem organizações. Pessoas saudáveis produzem organizações saudáveis e duradouras.

Resta-nos saber se a tendência mundial vai chegar ao Brasil, ou, como em outras áreas de nossa sociedade, continuaremos seguindo modelos arcaicos comprovadamente falidos.

 

 

 

Autogerenciamento, um passo a passo

By admin Leave a Comment jul 29 0

Por Daniela Panisi

Autogerenciamento, ao mencionarmos o tema, a maioria as pessoas já procuram itens prontos e pontos em que trabalhar em direção à auto disciplina, para gerenciamento de tempo e tarefas. Entretanto, autogerenciamento é uma das competências que compõem a Inteligência Emocional. De acordo com Daniel Goleman, o criador desse termo, a inteligência emocional contempla quatro características a serem desenvolvidas: o auto conhecimento, a auto regulação, a percepção do outro (ou empatia) e o gerenciamento das relações.

Aqui focaremos no autogerenciamento ou auto regulação, que tem o mesmo sentido.  É necessário lembrar, claro, que as quatro competências caminham juntas, e essa separação é apenas didática. Ou seja, antes de desenvolver o autogerenciamento, primeiro é necessário conhecer a si mesmo. É necessário o desenvolvimento de um modo diferente de pensar, um foco diferente de atenção no cotidiano. Afinal, estamos sempre voltados a prestar atenção às situações e pessoas que a vida nos apresenta, não a nós mesmos e nossos sentimentos. Depois, faz-se necessário o desenvolvimento do sentimento de pertencer, de fazer parte do mundo e se perceber neste mundo, se responsabilizando por suas ações como parte da vida social.

Voltemos à auto regulação. Intrinsecamente ligada ao auto conhecimento, o cuidado consigo mesmo e com seu mundo emocional abre para a possibilidade de manejo das próprias emoções. A auto regulação se define pelo auto controle, transparência nas emoções e ideias, flexibilidade, foco em objetivos e metas e iniciativa.

O autogerenciamento é uma mudança no modo de pensar, e começa pelo foco. Estar focado é entrar em um tipo de consciência, diferente da atenção comum e dispersiva do cotidiano. É uma consciência aberta, mas ao mesmo tempo voltada para si mesmo, uma hiper consciência das sensações internas, concomitante a um “desprendimento” de si mesmo em relação a um objeto, tarefa, ação etc.

Ao voltarmos nossa atenção e a concentrarmos em um ponto central é como se saíssemos de nós mesmos e do tempo “real”, ficando absortos naquilo que estamos focando, e formamos uma outra esfera de experiência.

Quando em contato com a real experiência do que acontece em nosso corpo, com o “como” as situações inexoráveis da vida nos afetam, estamos situados no momento presente, tentando viver o “aqui-agora”. Cem por cento presentes conseguimos vivenciar o que se chama na psicologia de “flow feeling”. Segundo alguns psicólogos, a felicidade está associada a esse estado, pois liberamos adrenalina, endorfina, serotonina e outras substâncias na corrente sanguínea. Desse modo, a auto regulação é fundamental para responder às demandas sociais com experiências emocionais verdadeiras, engajando-se nas situações apresentadas pela vida, de modo socialmente tolerável, mas suficientemente flexível para permitir reações espontâneas e, ao mesmo tempo, adiar essas mesmas reações conforme seja necessário.

Enfim, é um processo complexo que envolve iniciar, inibir ou modular o próprio estado de humor, os pensamentos, as respostas fisiológicas, como batimentos cardíacos e respiração, e comportamentos em uma dada situação. Na convivência diária com pessoas e situações em nossas vidas, todos nós devemos nos auto regular em algum nível. O difícil é que estamos expostos a uma vasta gama de situações exigentes emocionalmente, e manter o autogerenciamento diante de tantos enlouquecimentos diários torna-se uma tarefa árdua. Somos invadidos por sentimentos e pensamentos que, na maioria das vezes, mais atrapalham do que ajudam na resolução de problemas.

Assim, devemos manter sempre como prioridade o auto cuidado, aquilo que chamamos de gerenciamento de energia. Manter um equilíbrio entre o trabalho, a vida social (família e amigos), lazer, saúde física, mental e estar coerente com seu sentido de vida.

E eu pergunto: você já parou para pensar em como estão essas áreas da sua vida?

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