Um relatório recente da Expacare, empresa britânica de seguro de saúde internacional, destaca que os líderes empresariais preferem oferecer cargos que exijam mudança de país para profissionais do sexo feminino. As mais procuradas são as mulheres com competências comerciais, bilíngues e que tenham 30 e poucos anos de idade.
Para Ines Wichert, vice presidente da Professional Women’s Network, organização presente em 24 países que tem como meta incentivar as mulheres a entrarem no mundo corporativo e autora do livro “Where Have All The Senior Women Gone? (tradução livre Onde estão indo as mulheres experientes?), as mulheres ainda estão encontrando dificuldade para se fixarem em papéis internacionais”. Segundo ela, expatriar um funcionário sempre é uma situação delicada e muitas empresas se preocupam em como as mulheres serão tratadas em países com culturas patriarcais e de dominação masculina, por exemplo.
Pensando em possíveis conflitos culturais, muitas multinacionais têm toda uma infraestrutura pensada e adaptada para receber funcionárias de outros países, na qual oferecem cursos sobre a cultura local e outros programas educacionais e de integração.
Atualmente há grupos corporativos totalmente femininos viajando para países definidos como machistas, como e o caso das inglesas do Girls In Tech. Esse grupo tem mais de 10 mil mulheres inscritas trabalhando na área de TI em mais de 38 cidades espalhadas pelo mundo. Girls in Tech oferece orientação, ajuda para encontrar empregos, cursos e até colaboração empresarial. Outra grande fonte de informação dessas profissionais é o site global Expat Woman, onde as mulheres podem dividir experiências e buscar novas oportunidades. Essas redes e as experiências relatadas podem, realmente, ajudar a dissipar a confusão, tensão e estresse de um deslocalmento internacional.
No livro ” Worldly Women: The New Leadership Profile” (em tradução livre, Mulheres do Mundo: O Novo Perfil de Liderança), as autoras americanas Sapna Welsh e Caroline Kersten explicaram que os homens são muitas vezes promovidos pelo seu potencial, enquanto as mulheres são promovidas por seu desempenho. Sem um histórico específico de sucesso, as mulheres estão menos propensas a colocar seu nome para a frente em cargos no exterior, embora elas estejam bem posicionadas para liderar equipes multi-culturais, e alavancar suas carreiras.
Links: Expat Woman: http://www.expatwoman.com/
Girls In Tech : http://www.girlsintech.org/
Professional Women´s Network: http://www.pwnglobal.net/
Livro Wordly women the new Leadership http://www.livrariacultura.com.br/p/worldly-women-the-new-leadership-profile-69850206