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Ex-banqueira expõe cultura de Wall Street em livro

By Alexandre Siviero Leave a Comment mar 2 0

Maureen Sherry foi a diretora-gerente mais jovem do banco de investimentos Bear Stearns Companies. Ao longo de doze anos dedicados a Wall Street, a ex-banqueira testemunhou em primeira mão como as mulheres se comportam e são tratadas dentro do ambiente majoritariamente masculino das firmas de investimentos. Elas sofrem desde imposições comportamentais, como nunca poderem chorar no trabalho, até humilhações diretas: Sherry lembra de seus colegas mugindo enquanto ela ia para a enfermaria com uma bomba tira-leite, depois de retornar de sua licença-maternidade. Após deixar a Bear Stears e recusar-se a assinar um termo de confidencialidade sobre seu tempo trabalhando na empresa, Sherry escreveu um livro expondo a cultura com que lidou durante mais de uma década.

Opening Belle (atualmente sem tradução para o português) conta a história fictícia de Isabelle, uma diretora-gerente de Wall Street de trinta e poucos anos. A obra a segue conforme participa de um grupo de mulheres que buscam o fim do tratamento sexista no banco onde trabalham e tenta equilibrar seu casamento e o reencontro com um antigo noivo, tudo isso enquanto o mercado marcha para o colapso da crise financeira de 2008.

Com tom de humor, a história fictícia de Isabelle reconta casos reais pelos quais a autora e suas colegas de profissão passaram enquanto trabalhavam em Wall Street. A obra também expõe as relações e atritos entre as mulheres de dentro e de fora do mundo do mercado de ações. O tema da cultura de excessos encontrada nos bancos de investimento pelo mundo também foi abordado recentemente em Straight to Hell: True Tales of Deviance, Debauchery, and Billion-Dollar Deals, do ex-banqueiro John Lefevre, mas a obra de Sherry inova ao trazer para o leitor a visão das mulheres que trabalham neste ambiente curioso.

Publicado pela editora Simon Schuster, a obra já teve seus direitos comprados pela Warner Bros. para se tornar um longa-metragem.

Texto produzido com base em matérias da Bloomberg e The New York Times.

Sustentabilidade Humana, as vantagens para as organizações

By admin Leave a Comment set 21 0

por Daniela Panisi*

Há alguns anos atrás escrevi um artigo sobre sustentabilidade emocional. O tema da 11ª Conferência Internacional em Stress e Saúde Ocupacional foi “Trabalho Sustentável, Saúde Sustentável e Organização Sustentável”, justamente abordando a ideia da abrangência da sustentabilidade para além da natureza e meio ambiente.

A maior diferença, provavelmente, que vemos nas organizações internacionais de sucesso é a mudança de cultura, o mindset (o modo de pensar). Para essas organizações, a sustentabilidade também significa não desperdiçar e dissipar os recursos humanos.

Tarefa árdua em qualquer empresa, mais difícil ainda no Brasil, visto que a maioria de nossas organizações funciona em modelos mentais arcaicos com crenças como “quanto mais horas de trabalho, melhor é o funcionário”. Talvez compartilhar os pontos cruciais da conferência possa colaborar para repensarmos algumas questões por aqui.

Em qualquer relação humana, tanto pessoal quanto de trabalho, a comunicação é aspecto fundamental para saúde. Muitas intervenções feitas em ambientes de trabalho não se sustentam por falta de comunicação. Os colaboradores de uma organização tipicamente conhecem o sistema em que estão, seus problemas, as causas destes e, muitas vezes, o que fazer com esses problemas. Entretanto, as informações ficam perdidas em conversas informais e, as pessoas que elaboram as intervenções, em sua maioria, não elaboram maneiras dos colaboradores compartilharem as informações e se engajarem nas intervenções. Essa forma de elaboração de intervenções poderia economizar dinheiro e desgaste emocional das organizações, prevenindo o aumento do stress.

Em uma pesquisa sobre horários flexíveis de trabalho, Eric Faurote, da Universidade do Nebraska Omaha, concluiu que apenas essa medida não é suficiente para aumentar a qualidade de vida e saúde dos colaboradores. Para superar os efeitos negativos dos conflitos entre vida pessoal e profissional, as organizações deveriam combinar uma série de recursos.

Estudos da Universidade da Flórida mostraram que pessoas que tiveram altos níveis de stress pela manhã tendem a consumir alimentos gordurosos e prejudiciais à saúde quando chegam em casa. Entretanto, se os colaboradores tiveram uma boa noite de sono no dia anterior, a tendência a se alimentar mal diminui, mesmo com uma manhã estressante. Os responsáveis por este estudo sugerem que as organizações poderiam ter programas para educar seus colaboradores a uma boa noite de sono.

Outra possibilidade argumentada foi a mudança do espaço de trabalho. Novos tempos, novas organizações, novos formatos. Algumas pesquisas em Viena desenharam espaços que contribuem para a flexibilidade, adaptando diferentes ambientes, com diferentes finalidades, como uma “zona zen”, mais silenciosa, para criação, e “zonas de interação”, para suprir a necessidade das inter-relações pessoais nas organizações.

Um ponto controverso abordado por Hannah J. Murphy foi o uso de mídias sociais no ambiente de trabalho. Suas pesquisas mostraram correlação na interação de colaboradores nessas mídias e apoio social. O sentimento de apoio social colabora para a satisfação e manutenção do trabalho, além de contribuir para a diminuição da tendência à síndrome do burn out. Segundo a pesquisa, “quanto mais uma pessoa está satisfeita no trabalho, maior a probabilidade do uso de mídias sociais.”. Cabe, então, ao RH definir políticas de uso das redes sociais que sejam saudáveis para as próprias organizações.

Recorrente também é a preocupação com os funcionários mais velhos. Nesse sentido, algumas organizações têm feito mudanças em três áreas: ambiente físico, programas de bem-estar e horários flexíveis e aposentadoria em fases.

Por vezes, medidas simples como mesas de trabalho acopladas a esteiras (treadmill desks), estações de trabalho de pé, reuniões em momentos de caminhada e outras estratégias para aumentar a atividade física durante o dia têm ajudado colaboradores a buscar uma vida mais saudável e com menos stress.

O cenário mundial tem mudado sua perspectiva em relação às pessoas. Finalmente, o mundo começa a entender que pessoas fazem organizações. Pessoas saudáveis produzem organizações saudáveis e duradouras.

Resta-nos saber se a tendência mundial vai chegar ao Brasil, ou, como em outras áreas de nossa sociedade, continuaremos seguindo modelos arcaicos comprovadamente falidos.

 

 

 

Os Amish e nós

By admin Leave a Comment fev 10 0

Por Marisa Éboli

“As vezes me pergunto se a vida moderna não tem mais de moderna do que de vida.” – Frase de Mafalda, personagem do cartunista argentino Quino.

Quando escrevi minha tese de doutorado sobre Modernidade na Gestão de Bancos (FEA/USP, 1996), discuti o tema modernidade estimulada pela noção superficial predominante que a vê apenas em suas dimensões mais concretas: prosperidade econômica e utilização de tecnologias. Dificilmente ela é concebida como um processo complexo, dinâmico e multidimensional, envolvendo aspectos culturais, políticos, sociais, administrativos, econômicos e tecnológicos. Do ponto de vista da dimensão cultural, numa sociedade moderna a combinação entre liberdade e responsabilidade, a noção de ética, a valorização do ser humano e a preocupação com o futuro são valores centrais. Sob a ótica da dimensão política é a afirmação da democracia e o alargamento do mundo da decisão. Em termos sociais, é uma sociedade que favorece o fortalecimento do sujeito, ou seja, do ator social. No que se refere à administração, uma sociedade realmente moderna define clara e adequadamente seus objetivos, estratégias, metas e elabora projetos para alcançá-los; envolve, portanto, planejamento. Na esfera econômica visa à prosperidade e ao lucro, mas também à distribuição de renda e à redução da pobreza. E finalmente, com relação à dimensão tecnológica, pressupõe disponibilidade e utilização de tecnologia de ponta e inovação constante, mas deve associar universo técnico e cultural, ou seja, é a tecnologia a serviço dos valores e da criatividade humana, e não o contrário.

Alguns referenciais teóricos ficam tão fortemente consolidados na nossa estrutura de pensamento que, em frente das situações inusitadas da vida, eles reaparecem instantaneamente.

Acompanhando o redemoinho das atuais crises no Brasil e no mundo, às vezes me dá vontade de me isolar de toda essa confusão. Alienar-me mesmo… Ou, como se dizia na década de 70: “Largar tudo e ir vender tererê em Arembepe (BA)!”

E foi num desses momentos que me lembrei de uma visita que fiz há anos a uma comunidade que vive no “isolamento” da civilização moderna: o povo Amish, na Pensilvânia (EUA).

Provavelmente você, leitor, já conheceu o modo de vida dos Amish retratado nos filmes “A Testemunha” ou “Graça e Perdão”. Os Amish começaram sua história em 1525, na Suíça. São descendentes dos grupos deanabatistas (do grego -“rebatizados”), que romperam com católicos e protestantes. Eram contra o batismo de crianças, acreditando que a religião deveria ser uma escolha pessoal e consciente, portanto a ser feita na fase adulta. Por isso, foram perseguidos, fugindo para a América do Norte. A primeira família lá chegou em 1737 e se estabeleceu na Pensilvânia.

A maioria fala um dialeto alemão conhecido como “Alemão da Pensilvânia” (em inglês: Pennsylvania Dutch). Em 1990, havia 179 comunidades Amish no mundo. Em 2012, já eram 456 – cada uma com, em média, 20 a 35 famílias, de acordo com os pesquisadores Donald Kraybill, Steven Nolt e David Weaver-Zercher, no livro The Amish Way (“O caminho Amish”).

Preferem viver afastados do restante da sociedade e as justificativas para essa crença estão na Bíblia. Não prestam serviços militares, não pagam seguridade social e não aceitam qualquer forma de assistência do governo. São adeptos do estilo de vida simples, do distanciamento da tecnologia moderna, preferindo dirigir carroças a carros. Acreditam que a tecnologia moderna é um obstáculo para o convívio familiar.


Para eles, o telefone é o contato direto com o lado de fora da comunidade. Mas, de acordo Joseph Donnermeyer, sociólogo da Universidade Estadual de Ohio, que estuda os Amish, isso está mudando. “O telefone é um símbolo de como eles têm sido afetados pelo seu próprio crescimento populacional”, explica. Como esse aumento tem levado muitas famílias a morar em locais distantes, seus líderes abriram algumas exceções e começaram a permitir outros meios de comunicação para mantê-las unidas.

Ainda segundo Donnermeyer, a industrialização do campo está tomando o lugar de pequenos fazendeiros, fazendo com que vendam suas propriedades. Assim, os Amish adquirem novas propriedades e têm mais espaço para crescer e, embora prefiram o isolamento rural, não estão só no campo. É cada vez maior o número deles se estabelecendo em serrarias, lojas de móveis, tipografias e agências de turismo.

Isso gerou novas necessidades comerciais, que também tornaram inevitável a absorção seletiva de certas tecnologias, como a do telefone, ainda que com restrições (foram mantidos fora das casas). Calculadoras e lanternas impulsionadas por baterias ou energia solar também são permitidas. Usar a energia da rede elétrica pública, porém, é proibido. Basicamente, o que define se uma tecnologia pode ou não ser usada é o impacto que ela gerará nos lares e nos valores da comunidade.

A educação das crianças Amish é feita por escolas da própria comunidade e conta com um conselho de pais que seleciona os professores mais dedicados.


Também são extremamente cuidadosos com alimentação e culinária, que costuma ser muito apreciada por outros segmentos da sociedade americana, por utilizarem ingredientes e produtos orgânicos, frescos e saudáveis de alta qualidade por um preço mais baixo dos praticados na tradicional cadeia alimentícia. São frios queijos, doces, geleias, especiarias, alimentos a granel, macarrão, frutas secas, conservas, sorvetes, tortas, dentre outras tentações. Também comercializam uma vasta seleção de remédios homeopáticos, utensílios de cozinha, brinquedos infantis, livros de receitas, artigos religiosos, colchas, lençóis, itens de decoração para casa, lanternas de querosene etc…Tudo produzido por eles com muito capricho!

Existem Amish ricos e pobres, afirma Wesner. Mas as casas e roupas seguem o mesmo padrão de simplicidade. A grande diferença é que, embora seja capitalista em seus negócios, a comunidade Amish se ajuda. Os mais ricos contribuem com quantias maiores quando há pessoas em necessidade.

Relembrando as dimensões da modernidade para analisar a comunidade Amish, será que eles são tão atrasados assim, como sempre o associamos ao seu estilo de vida utilizando carroças? Ou será que no âmbito de sua microssociedade não conseguiram muito mais equilíbrio entre as dimensões cultural, política, social, administrativa, econômica e tecnológica? Será que não é uma modernidade seletiva, mas planejada e inclusiva? Escolhem até onde vão se tornar mais modernos, contemplando o bem-estar coletivo; até onde vão incorporar novas tecnologias, mas tais decisões estão sempre subordinadas à dimensão cultural (princípios, crenças e família). Também são muito prósperos economicamente, mas tais objetivos subordinam-se aos seus valores e à preocupação com o futuro de sua gente.

Raymundo Faoro definiu com brilhantismo a distinção entre modernidade e modernização, ao dizer que “o caminho que leva à modernidade é o mesmo no qual trafega a cidadania: essa via, que só os países modernos, e não modernizadores, percorrem não tem atalhos”.

Não me vejo obviamente me convertendo em Amish, mas me pergunto: quando será que nós aqui no Brasil viveremos numa sociedade plenamente moderna?

Porque certamente nossa modernidade é seletiva, pois há uma seleção de quem pode participar ou não dos bens trazidos pela modernidade, mas ela é desordenada e excludente.

 

Versão Sintética – Os Amish e nós. O Estado de São Paulo, São Paulo, p. 2 – 2, 06 abr. 2014

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