O rápido crescimento econômico dos países emergentes nos últimos anos tem aberto novas oportunidades para mulheres no mundo dos negócios, dando-lhes um incentivo maior do que nos países desenvolvidos.
A tradição e os costumes sociais em muitos desses lugares, bem como a qualificação e desvantagens econômicas, limitariam, em tese, o empoderamento das mulheres no mundo dos negócios.
A realidade, agora, está mostrando o oposto: as mulheres estão no poder na Argentina, Brasil e Chile. Apesar de estarem se revelando cada vez mais participantes nesses mercado, uma pesquisa feita pela empresa de consultoria internacional McKinsey mostrou que 70% dos executivos da América Latina dizem que pressões familiares poderão levar as mulheres a deixarem seus empregos. Teremos que ver essa onda acontecer, claro, para confirmar essas opiniões.
Mas de acordo com o relatório Grant Thornton Women in Business, de 2014, que pesquisou cerca de 6.600 de empresas privadas em 45 países, a proporção de cargos de alto escalão ocupados por mulheres em todos os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) é superior a 30%, em comparação com cerca de 20% no bilionário grupo do G7 das nações industrializadas, e superior à média global, que é de 24%.
Na China, as mulheres ainda tendem a colocar suas famílias em primeiro lugar, uma atitude reforçada pela política do filho único. Chinesas também são preparadas socialmente para cuidar de idosos na família. Apesar de suas tradições, as estatísticas são impressionantes: mais de 60% dos cargos de diretor financeiro são ocupados por mulheres. Dados mostram que cerca de 30% dos empreendedores na China são do sexo feminino e quatro chinesas bilionárias estão na lista Forbes de 2014 dentre os 50 chineses bilionários da revista.
Nas corporações instaladas nos BRICS, o porcentual de empresas que não têm mulheres em cargos de alto escalão caiu de 39% em 2013 para 18% em 2014.
Os resultados desse relatório dão esperanças e apontam que o futuro de igualdade no mercado corporativo não é um sonho impossível. No livro “Winning the War for Talent in Emerging Markets: Why Women are the Solution” ( algo como Vencendo a Guerra por Talentos nos Mercados Emergentes, Por que as Mulheres São a Solução), as autoras Sylvia Ann Hewlett e Ripa Rashid dizem que o ocidente tende a ver as mulheres de países em desenvolvimento como vítimas, mas as mulheres dos países emergentes estão mostrado que é possível vencer as adversidades, e quebrar o ciclo de costumes ultrapassados e raras oportunidades.
Link: McKinsey & Company http://www.mckinsey.com
Deixe uma resposta