Por Nathália Urban
As empresas de tecnologia do famoso Vale do Sílicio, nos Estados Unidos, estão sofrendo com a falta de diversidade entre seus funcionários.
Conforme pesquisas das grandes empresas localizadas no Vale do Silício, a maioria dos profissionais que trabalham na indústria de tecnologia são do sexo masculino (cerca de 70%) e de cor branca (perto de 60%).
A pouca presença de mulheres é ainda mais triste quando se trata de funções técnicas nas próprias empresas de tecnologia instaladas na região. Apesar das mulheres serem metade da população, elas representam apenas pouco mais de 20% dos funcionários dessas companhias.
Para tentar diminuir essa tremenda disparidade de gêneros, algumas empresas têm implementado programas de incentivo ao sexo feminino.
A Salesforce, empresa mais conhecida por ter criado o software de gestão de relacionamento com o cliente que leva seu nome, é a maior empregadora do setor de tecnologia na cidade de São Francisco. Seu programa interno chamado “Women Surge” tem ampliado a participação das mulheres no negócio e ele foi desenvolvido para identificar entre as funcionárias quem tem real potencial de atuação executiva, facilitando a inclusão dessas mulheres nos temas mais importantes em discussão na empresa.
O CEO do Salesforce, Marc Benioff, disse em sua palestra no Lesbians Who Tech Summit, realizado no final de fevereiro último em São Francisco, que tem como meta convidar todos seus gerentes e diretores a levarem mulheres para todas as reuniões da empresa. E confessa que tem uma meta: “Nossas reuniões deverão incluir de 30% a 50% de mulheres”.
De acordo com os números do estudo realizado pela própria empresa sobre diversidade, a realidade do Salesforce está no patamar das demais companhias da região como Yahoo, Google e Facebook. Até o mês de junho de 2014, os homens representavam cerca de 70% do conjunto de funcionários, e desses, 85% estavam em funções de liderança, ao mesmo tempo em que 80% deles atuavam com desenvolvimento tecnológico.
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